sábado, 31 de dezembro de 2011

Brasil inicia adoção de padrão internacional de classificação hoteleira

sistema classificacao hoteleira Brasil SBClass
Ilstração: piscina do hotel Hilton Sandton
Um dos questionamentos mais freqüentes dos clientes de eventos corporativos pode estar com os dias contados. Com a implantação do Sistema Brasileiro de Classificação de Meios de Hospedagem – SBClass, poderá ser facilmente identificada a categoria real do hotel onde serão hospedados os convidados de um determinado evento.

A dificuldade atual encontra-se no fato de que as licitações governamentais utilizadas como base para a contratação de empresas de eventos costumam estabelecer preços diferenciados para as variadas categorias hoteleiras, mas, na prática, fica difícil determinar a real categoria de um hotel.

Na espera de uma regulamentação oficial, clientes e prestadores de serviço vêm determinando as categorias dos estabelecimentos tomando como padrão as informações fornecidas pelos próprios hotéis, divulgadas no seu site, nos documentos oficiais ou constantes na recepção do estabelecimento. Mas esta espécie de “auto-classificação” nem sempre é aceita de bom grado.

O novo sistema que começa a ser implantado no Brasil adota a conhecida simbologia das estrelas, numa escala que varia de uma a cinco. Serão objeto de classificação sete tipos de empreendimentos: hotel, resort, hotel-fazenda, cama e café, hotel histórico, pousada e flat/apart hotel.

A classificação terá duração de 36 meses, e será realizada tomando como base padrões e normas de qualidade, eficiência e segurança na prestação dos serviços turísticos. O Ministério do Turismo e o Instituto Nacional de Metrologia e Qualidade Industrial – Inmetro, serão os órgãos responsáveis pela classificação.

A maior dúvida que resta agora resulta da forma de adesão a este procedimento, pois o mesmo não será obrigatório. De qualquer maneira, a utilização do símbolo, de acordo com a portaria já publicada, será exclusiva dos empreendimentos submetidos ao processo de classificação, e nada impede que, no futuro, apenas hotéis que aceitaram se submeter à classificação oficial possam ser contratados para prestar serviços a instituições públicas.

gerente eventos Pablo Sainz Fuentes

3 comentários:

  1. A iniciativa é bacana, mas esse processo de análise e reconhecimento das novas categorias tem que ser mais baratos. Veja o caso das duas classificações mais comuns de hoje...
    As Estrelas, classificação oficial da Embratur quase não é realizada pelos hotéis devido ao alto custo da análise.
    O oposto acontece com os Asteriscos, classificação da ABIH (Associação Brasileira da Indústria Hoteleira), que pelo baixo custo e fácil enquadramento é adotado pela grande maioria dos hotéis.
    Se essa nova classificação não for acessível financeiramente poderá cair em desuso, assim como a classificação da Embratur, justamente por não ser obrigatória.

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  2. Concordo, Igor, e agradeço pela observação.

    Espero que esta nova fórmula do Mtur tenha sido pensada levando em consideração a experiência anterior não muito bem sucedida, e que tenha tomado em comta os custos que essa adaptação implicaria para os hotéis.

    Mas alguma coisa tem que ser feita, pois o que não pode é continuar cada hotel auto-determinando a categoria que ele acha que tem.

    Talvez também os anos de "megaeventos" que se aproximam ajudem um pouco, pois sem dúvida os hotéis que consigam ser classificados oficialmente poderão contar com vantagens comparativas para atender a demanda que será gerada pelos megaeventos esportivos previstos para acontecer em 2014 e 2016.

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  3. .
    Igor, apenas para complementar.

    À pergnta: A classificação terá custos para os hoteleiros? O Mtur responde no seu site: "Uma das estratégias na reformulação da classificação hoteleira é a minimização de custos, estimulando a adesão. A idéia é que os meios de hospedagem assumam somente os custos das avaliações."

    Tomara que dê tudo certo!

    http://www.classificacao.turismo.gov.br/MTUR-classificacao/mtur-site/DetalhePergunta.action?id=61

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